«(...) e às vezes (cada vez mais) só me apetece uma casa isolada, um alpendre, verde à minha frente e sol. Um livro, uma máquina de escrever e folhas brancas. De vez em quando, fechar os olhos e sentir o sol aquecer-me as pálpebras e o calor nas bochechas. Sentir-me tranquilo e saber que não tenho que abrir os olhos. Sentir o corpo mole e quente e um cheiro qualquer não citadino. E depois lembrar-me de um momento e escrevê-lo, ou abrir calmamente as páginas de um livro velho e lê-lo sem prazos.

Ah apetece-me tanto.
Mas às vezes à noite não resisto e desejo também as luzes das cidades. As caves com copos e música densa e tudo o que de verdadeiramente falso há nisso.»

2012.














Make a Free Website with Yola.